Mãe e filho são condenados a 32 anos de prisão, sem direito a recurso, por assassinato de mecânico em Chapecó

Foto: Elizandra Gomes/TJSC
Foto: Elizandra Gomes/TJSC

“A Justiça foi feita!”. Essa foi a manifestação da esposa da vítima, ainda no Salão do Tribunal do Júri, quando o juiz terminou de ler a sentença depois de nove horas de debates, no primeiro júri do ano na comarca de Chapecó. O futuro de Valdecir José Simonetti e s​ua mãe, Teresinha Simonetti, foi decidido por três homes e quatro mulheres sorteados para formar o corpo de jurados. Mãe e filho foram condenados, cada um, a 16 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado.

O juiz da 1ª Vara Criminal, Jeferson Vieira, com base na recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) – Habeas Corpus n. 118.770/SP – decretou a prisão imediata da ré, ainda no Tribunal de Júri. Valdecir e Teresinha saíram algemados do julgamento direto para a Penitenciária Agrícola de Chapecó, onde vão cumprir as penas. O magistrado negou o direito do recurso em liberdade para os dois acusados.

O crime

O homicídio aconteceu no dia 21 de fevereiro de 2017, no bairro São Pedro. Valdecir tirou a vida de Claudinei Tibes, 42 anos, com golpes de barra de ferro, faca e facão. O motivo foi uma discussão entre a vítima e a mãe do acusado no dia anterior. A mulher foi indiciada como coautora do crime por incitar o filho a “resolver a situação”. O réu estava preso preventivamente desde a data do acontecido e a ré respondeu em liberdade.

Oliveira explica que a mãe foi indiciada junto com o filho por tê-lo incentivado a cometer o crime. “De acordo com o Código Penal, nesse tipo de caso, o instigador responde juntamente com o executor”, ressalta.

“Um peso a menos”

A esposa Luciane Tibes, as três filhas, demais parentes e amigos da vítima usaram camisetas para manifestar a morte de Claudinei. Luciane conta que, na época do crime, havia 17 anos que o casal morava com a família do mecânico. A mudança aconteceu depois do casamento. O crime aconteceu na oficina que Claudinei mantinha em anexo à residência hoje desocupada. “A Justiça foi feita! Saímos do julgamento com um peso a menos”, avaliou a viúva.

Texto: Elizandra Gomes/TJSC.