Audiência Pública discute situação financeira do Hospital Regional do Oeste

Foto: CMC/Divulgação

A situação financeira, os atendimentos e os serviços prestados pelo Hospital Regional do Oeste (HRO), foram debatidos em audiência pública, no plenário da Câmara de Vereadores de Chapecó. O encontro de iniciativa do vereador André Kovaleski (PL), contou com a presença de representantes da instituição e das secretarias municipal e estadual da saúde. A audiência revelou que o HRO paga um empréstimo bancário de R$ 22 milhões e outros R$ 10 milhões em títulos vencidos.

O diretor-geral do hospital, Sérgio Casagrande, explicou que a dívida da instituição aumentou, principalmente, em função da Covid-19. “Realizamos muito mais internações em UTI do que o normal, o que acarretou num aumento de custo. Isso sem falar dos preços dos insumos que teve reajuste muito grande por causa da pandemia. Essa diferença de valores não foi repassada ao HRO”.

O vereador Kovaleski questionou se o Município e o Estado estavam com atrasos nos repasses financeiros à instituição. O secretário adjunto da Secretaria Municipal de Saúde, Nédio Conci, e a representante da Secretaria Estadual de Saúde, Otilia Rodrigues afirmaram que não há nenhuma pendência financeira. Fato que foi confirmado pelo presidente da Associação Lenoir Vargas Ferreira, Reinaldo Lopes.

Lopes ainda revelou que este ano, as receitas do hospital devem ficar em torno de R$ 13 milhões e as despesas em R$ 14,6 milhões. Essa informação deixou os vereadores presentes na audiência pública preocupados. “Uma maneira de diminuir o déficit é corrigir o valor da tabela do SUS, que está defasada há 20 anos”, explicou Lopes.

Em termos de encaminhamento, o vereador Kovaleski solicitou à direção do HRO, que seja enviado ao legislativo, o balanço patrimonial e os balancetes administrativos de 2021. “São informações importantes para todos os parlamentares analisarem. Após isso, queremos abrir diálogo com deputados e senadores catarinenses. Atualizar a tabela de atendimento do SUS é primordial para a saúde financeira de todos os hospitais”, completou.