Levantamento mostra avanço da Dengue em Chapecó

Foto: PMC/Divulgação

O Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) foi realizado em Chapecó, no semana de 25 a 28 de fevereiro. Ele é realizado por orientação do Ministério da Saúde e as informações geradas e os levantamentos de índices de infestação devem ser utilizados como ferramenta para direcionamento e qualificação das ações de prevenção e controle do mosquito.

O índice fechou em 6,9%, ou seja, 6,9% dos imóveis de Chapecó tem a presença do mosquito Aedes aegypti. Na classificação, índices menores de 1, são considerados satisfatório, de 1 à 3,9 são índices de alerta; e maiores de 3,9 são considerados índices de risco. De acordo com os dados da Secretaria de Saúde, essa é uma das maiores infestações, nunca foi tão alto o índice de infestação em Chapecó. 6,9% com presença do mosquito, isso é quase sete vezes mais do que o necessário para transmissão viral.

Durante o levantamento, 286 focos encontrados nas atividades no campo. A infestação predial teve média de 6,9% dos domicílios com a presença do mosquito Aedes Aegypti. Do total de depósitos inspecionados, 8,1% deles teve a presença do mosquito. Analisando o panorama dos principais tipos de criadouros aonde foram encontrados focos é possível destacar que 41% foram encontrados em lixo, sucatas; 29% em baldes e pequenos recipientes; 13% em cisternas. 8% em pneus, 4% em piscinas, 4% em depósitos naturais; 1% em caixas de água.

Em relação aos tipos de imóveis, residências com grande número de focos. Com relação ao ultimo índice, grande aumento cerca de 04 vezes maior do que o Liraa do final de 2018. Na avaliação das regiões mais afetadas, tem uma variação, mas todas apresentam índices, o que preocupa ainda mais os serviços de saúde. A variação entre 3,8 a 9,9%. Bairro Efapi, Araras e Autódromo 4,5%; Alvorada, Bela Vista, Cristo Rei, Eldorado, Líder, Vila Real, Lajeado, Bom Retiro, Dom Gerônimo e Desbravador 7,4%; Centro, Maria Goretti, São Cristóvão 6,9%; Boa Vista, Bom Pastor, Passo dos Fortes, Pinheirinho, Presidente Médice, Paraíso, Santa Paulina, São Pedro, São Lucas e Jardim Europa 7,8%; Esplanada, Santa Maria, Universitário, Quedas do Palmital, Seminário, Palmital, Monte Belo, Progresso, Dom Pasqual, Santos Dumont, Campestre 9,9%; Jardim América, Engenho Braun, Parque das Palmeiras, SAIC, Santo Antônio, Jardim Itália, Jardins Lunardi 9,9%; Belvedere e Vila Rica 2,3%; Trevo 4,5%; Dist. Marechal Bormann 3,8%.

Esse aumento no número era esperado, especialmente pela época do ano, em função do verão, clima que tem muita chuva e calor. O problema maior são os próximos 60 dias, que esta infestação se mantem e tende a aumentar, mas cada um precisa fazer a sua parte para contribuir.

Dicas importantes:

• Cuidado especial no armazenamento e destinação do lixo, mantendo-o em recipiente fechado e disponibilizando-o para recolhimento pela Limpeza Urbana na frequência usual;

• Jamais descarte o lixo ou qualquer outro material que possa acumular água no quintal de casa, no quintal de vizinhos, na rua ou em lotes vagos;

• Mantenha a caixa d’água sempre limpa e totalmente tampada. Além disso, mantenha as calhas livres de entupimentos para evitar represamento de água;

• Elimine os pratinhos de vasos de plantas; caso não seja possível mantenha-os limpos e escovados pelo menos três vezes ao dia;

• Ao trocar os pneus, deixe os velhos na borracharia, para que o destino adequado seja dado a eles;

• Mantenha limpos e escovados os bebedouros de animais domésticos; a água deve ser trocada diariamente; mantenha piscinas sempre em uso e devidamente tratadas;

• Atenção especial ao sair de férias para que esses cuidados estejam garantidos na ausência do morador.

 • Receba os Agentes de Combate as Endemias e siga as orientações repassadas pela equipe.

Dados

Em Chapecó, em 2014 foram registrados 2.686 focos; 2015 foram registrados 846 focos do mosquito; em 2016 foram 514; em 2017 foram 601; em 2018 foram 1023 focos encontrados e em 2019, 700 focos encontrados, especialmente nos Pontos Estratégicos – PE, (borracharias, ferro-velho, cemitérios…) com 89% dos casos encontrados. Quanto aos tipos de depósitos que apresentam focos do mosquito estão: 46% em lixos e sucatas, 19% focos encontrados em pneus, 14% em depósitos móveis (baldes, tonéis,…), 12% cisternas, 6% em piscinas e 3% em plantas. Em 2019 já foram recolhidos ou entregues no Ecoponto 6.574 pneus; 4.990 pessoas foram abordadas em ações educativas; e 128 inspeções e vedações de depósitos elevados foram realizadas.

Números de casos registrados ou investigados

A situação epidemiológica de Chapecó teve em 2016, 3.127 casos investigados de dengue, com confirmação de 820 casos. Já em 2017 foram investigados 507 casos com um caso importado. Em 2018 foram investigados 227 casos, todos negativos. Em 2019, já foram registrados 59 casos, deste 42 negativos e 17 aguardando resultado.

Os casos de Zika registrados em 2016 foram 38 casos e 03 positivos. Em 2017, 03 casos foram investigados e tiveram resultados negativos. Em 2018, não foi registrado nenhum caso. Em 2019, não foram registrados casos.

Os números de chikungunya são em 2016 foram investigados 166 casos, com confirmação de quatro casos. Em 2017, foram 15 casos investigados com 02 confirmações. Em 2018, não foram confirmados casos. Em 2019, não foram registrados casos.

Lixo e Reciclagem

O destino correto do lixo é um dos fatores que contribuem para a diminuição dos focos. Separar o lixo é um dos primeiros passos para eliminar o mosquito. Os resíduos recicláveis são: garrafas pet, embalagens, papel e papelão, alumínio, sacolas plásticas, caixas de leite e vidros. Eles devem ser armazenados em local coberto e depositado nas lixeiras laranjadas espalhadas pelo município. Os resíduos orgânicos são: restos de frutas, verduras, legumes e alimentos, papéis higiênicos, fraldas, guardanapos, esponjas, materiais que se decompõem. Eles devem ser armazenados em local coberto e depositado nas lixeiras verdes espalhadas pelo município.

Ecoponto

O Ecoponto dos pneus está localizado na Rua Israel, 240, Bairro Presidente Médici. Atende nas segundas e quartas-feira, das 08 às 11h30 e das 13h30 às 17 horas. Já o Ecoponto, para recebimento de resíduos volumosos, está localizado na Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura, Rua Sete de Setembro, nº 2063-E, também no Presidente Médici, próximo à UPA 24horas, e funciona das das 7h às 13hs. Também existe um Ecoponto no Bairro Efapi, localizado em frente à Superintendência do Bairro, na Rua Garças, 226-D. O horário de atendimento é das 7h às 13h. No espaço estão dispostos quatro containers para receber:

• Poda e capina (grama, galhos, poda, capina, roçada);

• Eletroeletrônicos (computadores, notebook, celular, monitor, televisor, pilhas e baterias. Deverão estar inteiros);

• Eletrodomésticos, metais e ferros (geladeira, fogão, máquina de lavar, micro-ondas, cadeiras de metal, estantes de metal, latas de tintas);

• Móveis (sofá, guarda-roupas, mesa, cadeiras de madeira, colchão, tábuas. Os móveis devem estar desmontados).

Não são recebidas peças automotivas, materiais contaminados, estopas, lâmpadas, material hospitalar, pneus, entulhos e materiais de construção. Com relação aos móveis, devem ser desmontados antes do descarte, ao contrário dos eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que devem estar inteiros.

Jornalismo Rádio Efapi com informações da Prefeitura de Chapecó.